Escravidão


Como ensina Jesus Cristo: “Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer um e amar ao outro, ou há de entregar-se a um e não fazer caso do outro, vós não podeis servir a Deus e a Mamon.” (Lucas, 16:13).
O caminho traçado por Deus nesta vida para muitos pode ser bastante difícil, muito embora na maioria das vezes nós mesmos o tenhamos escolhido antes de para cá virmos. Mas não podemos nos esquecer de que Deus é Pai e Amor. Dá forças a quem a Ele serve. Ser servo de Deus significa amá-lo e respeitá-lo.
O abandono da vida, pelo suicídio, é como um deboche ingrato a Deus. Muitas vezes, se assemelha a uma tentativa de tapa na cara dEle.
Mesmo que conscientemente não seja esta a intenção, a morte autoinfligida na prática é uma virada de costas para Deus que nos deu a vida, não só para a gozarmos, mas sobretudo para crescermos nela e com ela. É a escola com professores severos que muitas vezes nossos pais nos matriculam.
Essa mesma virada de costas, pode nos colocar, após o gesto suicida, à mercê de entidades perversas pertencentes a falanges maléficas que infelicitam a sociedade terrena, como é elucidado no livro Memórias de um Suicida.
Neste mesmo livro, é relatado que muitas destas entidades eram aquelas mesmas que, quando se estava vivo, obsidiavam-nos com ideias suicidas e que, por vingança ou qualquer outro motivo, aguardam-nos do outro lado para continuarem suas torpezas com as suas vítimas.
Algumas das torpezas citadas no livro são: humilhações, torturas físicas e morais, obscenidades, dentre outras. Isso para não nos alongarmos em detalhes tétricos.
Enfim, essa é a recompensa de “Mamon” para seus simpatizantes! É o altíssimo preço pago pela escolha de um mundo sem a lei e a disciplina amorosa e sábia de Deus.
Também nunca é demais nos lembrarmos da lei de afinidade que a tudo rege. Se rebeldes somos, evidente que atrairemos ou seremos atraídos para aqueles que também o são. E muitos destes, por características próprias, não agasalham em seus corações sentimentos de compaixão e respeito por quem quer que seja.
Mas o que importa mesmo é que podemos querer virar as costas para Deus, entretanto, Ele nunca virou as costas para nós. O amor dEle nos socorre e salva sempre. Se tais consequências tenebrosas, porém passageiras, são por Ele permitidas talvez seja porque o filho rebelde necessite de orientação ainda mais incisiva da que estava tendo, para que a rebeldia que hoje o impede de ser realmente feliz possa se gastar o quanto antes.
É nesta linha que nos ensina o espírito André Luiz, na obra Nosso Lar:

Ah! é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir da esperança. Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu, emissário dos Céus. Um velhinho simpático me sorriu paternalmente. Inclinou-se, fixou nos meus os grandes olhos lúcidos, e falou:
- Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara.


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