Transtornos Mentais


Depressão, bipolaridade, esquizofrenia, etc., são causas atuais do suicídio, porém em muitos casos herdadas do passado.
Não queremos aqui entrar nos aspectos psiquiátricos, psicológicos, sociológicos, etc. de tais transtornos para não incorrermos em erro, já que estes são objetos de análise pertinentes aos profissionais especializados de cada área.
Como os aspectos espirituais são os que mais nos interessam, vamos a eles.
A questão 944a de O Livro dos Espíritos diz o seguinte:

O suicídio não é sempre voluntário?
 “O louco que se mata não sabe o que faz.

Aqui fica bem claro que, havendo ausência de discernimento por algum problema mental qualquer, fica afastada a condição de suicídio, posto que para este se configurar obviamente é necessário que a morte seja voluntária.
Mas esta condição se aplica a todos os casos de transtornos mentais?
A resposta é: não! Havendo a presença da vontade de se matar, mesmo que induzido por forte sofrimento na alma, prevalece a responsabilidade de cada qual dentro, é claro, das circunstâncias atenuantes ou agravantes pertencentes a cada caso.
Dentre os transtornos mentais, destaque se faz para a depressão. Doença que, quando instalada, ocasiona forte sofrimento na alma do doente, razão pela qual a ideia de suicídio começa a soar como bastante tentadora.
Do livro: "Quem sabe pode muito. Quem ama pode mais", ditado pelo espírito José Mario ao médium Wanderley Soares de Oliveira, na pag. 254 encontramos o seguinte sobre a depressão:

É a resultante de uma trajetória de vida eivada de condutas em desacerto com as Leis da Vida. É o lado sombrio das frustrações que não soubemos ou quisemos superar. Frustração é a privação de uma necessidade ou desejo. Mormente nas faixas de evolução em que nos encontramos, é impossível viver sem elas. Muitas almas, todavia, não as aceitam. São rebeldes por terem feridos os seus objetivos e interesses.

Do trecho acima, podemos extrair dois componentes como possíveis causadores da depressão: desejo e rebeldia. Claro, que o espírito nos convida a uma percepção mais ampliada da questão, na qual a depressão deixa de ser um mero distúrbio hormonal no cérebro, como muitos querem nos fazer acreditar, para ser efeito de algo bastante maior no âmbito de como administramos o nosso livre-arbítrio nesta e em outras existências corporais passadas.
Enquanto não aprendermos a aceitar a vida como ela é, e nas suas diversas facetas, estaremos sempre em estado de conflito com as Leis Universais que regem todo o existir. Como estas Leis são imutáveis, fatalmente seremos conduzidos para um estado de rebeldia e possivelmente depressivo.
Um quadro de depressão surgido nessas condições dificilmente se enquadrará na excludente de culpabilidade trazida pelos espíritos na questão acima de O Livro dos Espíritos. Para esses casos acreditamos que deve vigorar o alerta contido no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 10:

As provas da vida fazem progredir, quando bem suportadas; como expiações, apagam as faltas e purificam; são o remédio que limpa a ferida e cura o doente, e quanto mais grave o mal, mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, portanto, que muito sofre, deve dizer que tinha muito a expiar e alegrar-se de ser curado logo. Dele depende, por meio da resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não perder os seus resultados por causa de reclamações, sem o que teria de recomeçar.

Assim, toda depressão do hoje pede urgente ajuda médica, psicológica, espiritual, familiar, social, etc., não só para a cura rápida do mal, como também para a prevenção de possíveis suicídios. Mas a mudança real e duradoura somente se dará com a efetiva mudança interna do ser espiritual ainda rebelde.


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